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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
O Brasil vive uma epidemia de homicídios nas últimas décadas. A violência é comum a países com alto grau de desigualdade social - como o Brasil. O decreto que flexibiliza a posse de arma, bem como, os anseios de uma parcela da população que concorda com este, põe em cheque a fragilidade do estado em garantir a segurança aos cidadãos pagadores de impostos. A violência escancarada nos jornais não é resultado da falta de armas e sim do excesso delas, principalmente por estarem “nas mãos erradas”. Outro fator que corrobora com o aumento da violência é a falta de investimentos em educação e emprego. Uma população sem expectativas, sem oportunidades, se torna muito mais vulnerável e atraída para o tráfico de drogas, armas, etc. Portanto, para conter a escalada do número de homicídios, é preciso ir além de decretos e leis que “joguem” ainda mais armas diante de uma população que carece do básico. Carece de educação, de emprego, saúde e dignidade.
[ 160, 120, 120, 120, 80, 600 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
De acordo com a poesia do poeta maranhense, nauro Machado: "Um atrás do outro, atrás um do outro, ano após ano, ano após outros, minuto após minutos, século após séculos, e de novo um atrás do outro, um atrás do outro". Se ainda, estivesse vivo, certamente conversaria com ele, hoje, sobre sentido dessa frase que de imediato estaria relacionado com "a ciência na era da pós-modernidade", em virtude da discussão da vacina e do formato da terra, mostra-se como um dos debates da atualidade. Certamente, hoje, em sociedade existe um grande debate sobre se a vacinação é realmente eficaz durante a vida. Seria, sim, mais uma incredulidade geral de certas instituições, com intuito de moldar a sociedade a favor de seus pensamentos, mesmo após o primeiro ato esses membros estarão construindo uma sociedade negativas a cerca das décadas subsequentes. Da mesma forma, um dos grandes contra versas de que a terra não é redonda é o estadunidense Eric Dubai, autor do livro "200 provas que a terra não é uma bola giratória". Com isso, conquistou adeptos em todo mundo, de certo modo a terra é redonda que gira em torno do sol e provas que tenhamos em sociedade como: o homem na lua satélite, fotos e vídeos. A poesia citada inicialmente, com os argumentos expostos, não está seguindo a mesma lógica. Portanto, os grandes estudiosos como: médicos, cientistas universitários, demostrar de maneira clara para a sociedade civil que não só as problemáticas abordadas como outros assuntos seja esclarecido, promovendo esclarecimento da ciência antes da pós-modernidade. Só assim a poesia de nauro Machado, estará alinhado com o tema sem nenhuma desconfiança.
[ 80, 120, 80, 120, 120, 520 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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14.html
preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A floresta amazônica é maior floresta equatorial do mundo e sua maior parte está no território brasileiro. Após a promoção do povoamento da região norte foi implantado varias politicas de atração de investimento que subsidiaria expansão da região. Portanto, observa-se diante da intensa atividade antrópica na região tem ocasionado problemas ambientais sérios, as queimadas e desmatamento e entre outros; colocando em risco a fauna, flora, e posterior o aquecimento do planeta. Por conseguinte, há uma necessidade de interferir em frente aos desastres ambientais causados pela ação antrópica que tem deteriorado grande parte da floresta amazônica. Os estudos apontam que há uma urgência de controlar e sanar os danos que a floresta vem sofrendo, e assim preservar fauna e flora daquela região; são necessário medidas tente assegurar à preservação e impedirem de ataques a floresta. Todavia, as queimadas no norte do Brasil têm preocupado todos, por ser uma floresta de grande valia no equilíbrio do planeta. Após as polêmicas que geraram entorno da preservação, há um dilema que permeia na sociedade no diz respeita a preservação quem dever garantir; o governo do Brasil ou uma conjuntura de governos de outros países? O Brasil tem grande potencial de adotar medidas que promova a preservação da floresta e assim usufruir do patrimônio de forma sustentável. Contudo, é preciso que as politicas ambientais proporcionem bem-estar da floresta, assegurando a preservação rigidamente; o governo brasileiro e a sociedade tome consciência do patrimônio que tem. A sociedade reivindicar das autoridades promoção da educação ambiental para pessoas que reside na região e as indústria que se pretende instalar adotar medidas sustentáveis. As fiscalizações sejam constantes, e assim vise o ambiente livre de queimadas, desmatamento e etc.
[ 120, 120, 120, 120, 120, 600 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Durante toda a evolução do planeta em que habitamos, várias teorias que eram tomadas como verdade absoluta por muito tempo, foram derrubadas por outras teorias obtidas a partir de observações, que também não são extremamente confiáveis, e doutras vezes, são mais consistentes, obtidas através de fatos. O aprendizado que a humanidade tomou para si a partir disso, é o fato de que nem sempre o que se acredita por uma duração de tempo é válido. Pensando nisso, e aplicando essa variabilidade de informações constantes na sociedade atual, nota-se que nada é recebido pela massa como verdade absoluta, o tempo de que as autoridades impunham o que devia-se acreditar, ou fazer, está ultrapassado e cada cidadão, conforme o andamento de sua formação, elege o que deve acreditar ou fazer, de acordo com seus princípios. Esse fato deve-se também aos órgãos de autoridade, como o governo, que ao mascarar e corromper verdades ao povo, perde sua credibilidade. Além do mais, o avanço da tecnologia traz uma desvantagem muito perigosa, aonde qualquer pessoa, independe de sua qualificação, pode criar uma teoria a partir de fatos inconsistentes, e lança-la nas redes sociais, aonde todos terão acesso a mesma. Esses fatores, acoplados às fake news, e ainda mais reflexivo, aliado a dificuldade que a sociedade tem em acreditar em coisas que os olhos não veem, fazem com que, teorias irrefutáveis, como a importância da vacina e a curvatura da terra, tornem-se duvidosas. O problema de toda essa movimentação, é que as pessoas acabam ficando à mercê em torno de tantas informações recebidas e nem sempre tem sabedoria suficiente para acreditar no que é cientificamente e sociologicamente comprovado. Tendo todos esses fatores em vista, cabe a população procurar a confiabilidade da fonte em que obteve alguma informação antes de propaga-la. À NASA, ao Ministério da Saúde e tantos outros órgãos que tem seu andamento comprometido por diversas teorias malucas, cabe o esclarecimento dos fatos obtidos a partir de pesquisas sérias e assim juntamente com as escolas, devem tornar claro a população o coerente, como a importância das vacinas e o formato da terra.
[ 120, 120, 160, 160, 120, 680 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
A crise econômica sem precedentes pela qual o Brasil vem passando causou uma piora nos serviços públicos, sobretudo em razão da diminuição na arrecadação de impostos e a consequente redução dos gastos estatais. Um exemplo disso é o recente contingenciamento de parte das verbas das universidades públicas anunciado pelo atual governo, que gerou protestos e aumentou o debate sobre o financiamento dessas escolas superiores. Uma das características que mais chamam a atenção nas universidades públicas brasileiras é o perfil dos alunos que as frequentam, já que a maioria desses estudantes é de famílias ricas. Isso se deve à dificuldade das provas dos vestibulares de acesso a tais escolas, nos quais são aprovados aqueles que obtiveram melhor preparação nos ensinos fundamental e médio, ou seja, quem teve condição de pagar pela educação. Dentre as consequências dessa barreira que os estudantes com poucas condições financeiras encontram para entrar nas universidades públicas é a manutenção da desigualdade existente no país, uma vez que, eles têm poucas chances de acesso àquelas carreiras profissionais, às quais o mercado oferece mais vagas e com melhores salários. Essa discrepância, atrelada às graves dificuldades financeiras pelas quais os governos estaduais e o federal estão passando, demonstra a necessidade de as universidades públicas cobrarem dos alunos que podem pagar pelo ensino superior, o que diminuiria o custo desse ensino para o país. Quem é aprovado para cursos como o de Medicina, um dos que mais demandam recursos estatais, um dos mais concorridos, com maiores notas de corte, é, quase sempre, da classe média alta, que tem plenas condições de pagar pelos estudos. Por outro lado, os mais pobres, que gastam muito do que ganham para pagar impostos, ficam de fora e só lhes resta ir para as faculdades particulares. Dessa forma, fica claro que é preciso mudar o jeito como as universidades estaduais e federais são financiadas e assim evitar que o governo seja obrigado a reduzir verbas destinadas a elas, ao mesmo tempo em que pessoas ricas tenham acesso gratuito a esse serviço. Isso geraria uma economia de dinheiro, que poderia ser utilizado na melhoria dessas escolas e, mais importante, na abertura de mais vagas, cuja consequência seria a facilitação do acesso, para todos, a essas universidades.
[ 160, 120, 160, 160, 80, 680 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
É necessário cautela quando o assunto é sobre culturas não relacionadas ao nosso campo de conhecimento e experiência de vida. A tolerância entre diferentes culturas também deve ser construída, o Estado e a sociedade precisam caminhar juntos com intuito de alcançar esta condescendência. Os ser humano na sua subjetividade possui valores, esses muitas vezes são invioláveis, pois em casos de resistência podem gerar insegurança, desconforto e insatisfação. A cultura em determinadas comunidades é considerada um valor velado, mesmo que a contemporaneidade brasileira esteja em alinhamento favorável à apropriação cultural podemos ter divergência desse entendimento dentro de culturas mais conservadoras. Usufruir de insígnias de outras culturas no Carnaval, por mais que exista uma intenção benigna nessa atitude, como propagar diferentes culturas e de valorizar a diversidade, pode acabar ofendendo os nativos da comunidade que está sendo referenciada. Não é comum vermos nas inúmeras fantasias do Carnaval brasileiro as pessoas fazendo referência ao Estados Islâmico extremista ou seus grupos como a Al-Qaeda. Organizações como essa se tornaram conhecidas por torturar e executar pessoas ou por atacar a outros países pelo fato de considerarem certas ações como uma agressão aos seus valores e princípios culturais. Obviamente, ao tratar desse assunto, saímos da esfera brasileira, mas as fantasias de Carnaval também se referenciam a culturas estrangeiras. O fato é que existe um conhecimento mais comum e facilitado da sociedade sobre as ações extremistas do Estado Islâmico devido ao alto grau de prejuízos gerados por elas, mas quando comparamos ao universo indígena as pessoas não retém a mesma quantidade de entendimento da cultura que constrói esse universo. Sabemos que a prática de tortura e execução não são comuns nos territórios indígenas, mas isso não significa que o valor atribuído a uma cultura não possa ser ofendido pelo simples fato do uso inadequado de uma determinada vestimenta. A apropriação cultural, mesmo com os inúmeros benefícios que ela pode trazer, deve ser realizada de forma minuciosa. A cultura do outro deve ser estudada, pesquisada, analisada, entrevistada para que essa apropriação seja feita de forma que não ofenda todo um povo e uma história. O Estado deve promover meios informativos e a sociedade precisa adquirir esses conhecimentos antes de colocar em uso os aspectos de uma outra cultura, gerando dessa forma diálogo e entendimento intraculturais e diminuindo a intolerância.
[ 120, 120, 160, 120, 80, 600 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Ao falar sobre a floresta amazônica ela vitima de irresponsabilidade do governo e dos grupos criminoso que explorar de maneira irregular sem o devido processo de sustentabilidade tanto que somos observado diariamente mundo lá fora. inicialmente, a negligencia do governo quando se fala na questão ambiental e tratada de modo relaxada, além disso as legislação já existente não e dada atenção correta que deixa todos preocupados ocorrido dentro do pais revela na qual não estamos fazendo nossa obrigação correta para sua preservação já imaginamos uma floresta sem arvore com rios poluído de metais pesado devido extração de ouro e outros matérias pois é possível se essa medidas não for colocada em prioridade em pouco tempo não teremos essa biodiversidade de características única que países como França alertou não só o brasil como também Colômbia, Bolívia, Peru. levantou uma hipótese sobre a internacionalização, evidente que França tem uma colônia na floresta amazônica localizada na Guiana francesa e maior área protegida não só pelos franceses mas da união europeia são modelo para outras nações. é importante ressaltar que sustentabilidade poderá ser um dos requisito para um pais ser desenvolver economicamente com outra nação diverso acordo comercial uma vez afirmado sinaliza estamos comprimindo as nossa leis interna porque somos os responsável pelo ato que produzimos não podemos terceirizar as nossa responsabilidade. por fim as consequências devastadora de uma politica ambiental obsoletada mostra que mundo tão acompanhado atenciosamente as atitudes tomada teremos muitos desafio para cumprir ser um pais em que possa preservar é crescer de forma sustentável.
[ 80, 120, 120, 80, 0, 400 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Múltiplos fatores são considerados na condenação de um réu e isso pode trazer à tona algumas polêmicas. Atualmente, está em voga o questionamento quanto a legalidade da pena após a decisão do juiz ter ocorrido em segunda instância. Alguns países servem de exemplo para melhor esclarecimento entre as ideias opostas, e alguns casos específicos trazem a noção de que o cumprimento da pena é algo orgânico, por assim dizer, pode ser eliminado, diminuído ou ampliado, mediante apuração de novas provas, ou comportamento do réu após a batida do martelo. Assim, sabendo que a punição ou absolvição, deve ocorrer em face do ato praticado, relacionando as consequências desse ato e principalmente a preservação do bem estar social, há a certeza de que o refinamento de antigos processos são positivos ao sentido da justiça. Então, a despeito da última palavra decisória ter sido declarada em qualquer instância possível, é preciso reforçar a ideia de que o objetivo da libertação de um preso deve acontecer, exclusivamente, caso seja benéfico ao Brasil.
[ 120, 40, 40, 80, 40, 320 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A tecnologia tem avançado de forma que o sistema financeiro também poderá ser afetado; como no filme "Valerian", que se passa no futuro e é protagonizado pela atriz Cara Delevingne, onde existe um mercado interdimensional visitado por humanos, as evoluções tecnológicas podem contribuir - bem ou mal - para a economia. O mais recente avanço é o bitcoin, moeda protegida por criptografia e completamente digitalizada, que pode enfraquecer instituições bancárias as quais poderão tomar medidas para evitar o prejuízo. A criptomoeda vem com a proposta de um menor controle financeiro estatal em relação a transações financeiras, além disso, tornará a existência das atuais instituições bancárias desnecessária ou pouco eficaz. Diante desse dilema, essas instituições não aceitariam as circunstâncias e encontrariam alguma forma de participar da economia, através da modernização dessas instituições - tornando-as completamente digitalizadas. Por conseguinte, uma revolução econômica poderia ser gerada, onde os bancos iriam falir (gerando consequências catastróficas) ou haveria uma grande transformação do sistema vigente através dessa digitalização completa. Ou seja, os bancos não fechariam, mas sim utilizariam apenas criptomoedas nas operações. E a privacidade monetária que o dinheiro virtual propõe, seria apenas uma ilusão. Para comprovar esta tese, podemos citar o Blockhain, um registro virtual de transações que, embora seja seguro e, de certa forma, eficaz na organização desses processos, é um exemplo de controle. É complicada a existência de um sistema financeiro onde não haja fiscalização, pois na falta dessa fiscalização haveriam problemas relativos a crimes, golpes e outras situações; isso dá abertura, facilmente, a um controle por parte do Estado. Portanto, a ideia de que a moeda virtual não será controlada é ilusória, pois esse tipo de avanço tecnológico ainda está se iniciando. Com uma possível revolução, as instituições financeiras encontrariam uma forma de lidar com esta problemática. Para evitar colapsos financeiros, uma alternativa seria, como citado anteriormente no texto, a modernização dessas instituições de forma gradual e com o consentimento de cada indivíduo.
[ 160, 120, 160, 200, 40, 680 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Recentemente, o Governo Federal anunciou um contingenciamento de verbas para a educação superior, o que gerou grande divergência entre os brasileiros: enquanto uns apoiaram a medida, outros foram às ruas para se manifestar contra ela. Nesse contexto, alguns defenderam a privatização das universidades ou a cobrança de mensalidades para os mais ricos a fim de solucionar a crise financeira do ensino superior. Porém, o mais justo é manter esse serviço público e gratuito a todos, embora certas ações sejam necessárias para maximizar os benefícios dessa decisão. Primordialmente, é válido considerar que as universidades públicas são as mais bem avaliadas do país. Segundo uma pesquisa do grupo britânico QS (Quacquarelli Symonds), UNICAMP e USP, por exemplo, estão entre as melhores da América Latina. Ademais, um levantamento recente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) mostrou que mais de 90% das pesquisas científicas do Brasil vêm das escolas superiores públicas. Sendo assim, a privatização das universidades seria prejudicial ao país, já que sua qualidade tenderia a piorar e a quantidade dessas pesquisas, a diminuir. Além disso, seria provável que tais estudos, lamentavelmente, fossem voltados somente a áreas que trazem maior retorno financeiro imediato. Desse modo, conclui-se que as instituições públicas de ensino superior devem continuar sendo do Estado. Em segunda análise, convém lembrar que o Artigo 206 garante o ensino gratuito em estabelecimentos oficiais. Logo, ninguém deveria ser privado de ter uma educação superior gratuita e de qualidade, independentemente da classe social. Infelizmente, isso não acontece na prática: boa parte da população, sobretudo os mais pobres, não tem acesso a esse serviço. Todavia, a cobrança de mensalidades não seria uma solução adequada para o impasse, pois não só violaria a Constituição, mas também poderia desestimular os mais ricos a ingressarem e realizarem pesquisas nessas instituições. Assim, é possível concluir que a universidade pública deve ser gratuita para todos. Portanto, a privatização das universidades públicas e a cobrança da mensalidade dos mais ricos não solucionariam o problema da crise financeira no ensino superior. Contudo, o Poder Público precisa agir para resolvê-lo e proporcionar, ainda, uma maior igualdade de acesso a essas instituições. Primeiramente, verbas de setores menos relevantes (a exemplo das Forças Armadas) devem ser destinadas a áreas mais essenciais, como a educação superior. Além do mais, para esse mesmo fim, deve haver privatizações de empresas estatais (os Correios, por exemplo). Por fim, para que haja maior igualdade de oportunidades nas universidades, é necessário que as cotas sociais (àqueles que estudaram em escolas públicas) sejam ampliadas. Dessa forma, a crise financeira do ensino superior será solucionada de maneira justa e em respeito à Constituição Federal.
[ 200, 200, 160, 160, 160, 880 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O maior momento nacionalista, no Brasil, ocorre de quatro em quatro anos durante a Copa do Mundo, sob esses viés, não é errôneo considerá-lo uma pátria carente de amor. Por causa dessa lacuna, o ministro da Educação propôs a execução do hino nas escolas, como forma de valorizar os símbolos nacionais. No entanto, em um país cheio de problemáticas, bandeiras e hinos não despertam real patriotismo. Segundo Émille Durkheim, o indivíduo só pode agir à medida que possui conhecimento sobre suas origens e o contexto em que está inserido. Em analogia ao pensamento desse sociólogo, o brasileiro nunca será nacionalista enquanto permanecer ignorante à sua cultura e à sua realidade. Dessa forma, antes de hastear uma bandeira, é necessário cidadãos críticos e conscientes de todas as desigualdades sociais, econômicas e de direitos que permeiam o país. Não bastasse isso, o Estado brasileiro falta com muitos dos seus deveres fundamentais. Por conseguinte, dessa irresponsabilidade, existem centenas de escolas com estruturas precárias, de profissionais desempregados ou com salários atrasados e postos sem medicamentos. Embora diversos expoentes do movimento modernista tenham tentado fomentar uma identidade nacional, enquanto não houver educação, segurança e saúde de qualidade, o brasileiro não será suscetível ao patriotismo somente cantando o hino nacional. As instituições educacionais, portanto, devem trabalhar em conjunto para nutrir o sentimento de pertencimento à pátria na população corretamente, visto que este é de suma importância para a construção da democracia e para a promoção da cidadania. De maneira que, para tal, a escola deve dar destaque e incentivo a aulas como história e filosofia, tornando-as interdisciplinares com a atualidade e críticas. Além de promover a participação política e social do indivíduo a fim de mantê-lo ativo no seu papel cidadão enquanto garante que o governo cumpra a Constituição.
[ 160, 160, 160, 160, 160, 800 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
A população brasileira apontou a fé como fator importante para melhorar a vida deixando fatores como estudos, acesso à saúde, aposentadoria, trabalho, lazer e outros para trás. Essa foi a resposta de 28% dos entrevistados que caracteriza o Brasil como uma sociedade com moral enraizada em preceitos e mandamentos religiosos e que isso gera melhora de vida como consequência. Esse resultado é a coadunação do senso comum com a ciência, pois são numerosas as pesquisas médicas que incluem a fé como assunto a ser tratado em consultórios, hospitais e até grades acadêmicas. A fé colabora para a participação de um fenômeno chamado coping: a capacidade humana de superar adversidades e não é necessário crer em uma divindade, pois os estudos voltados para essa área encontram essa capacidade também em ateus que creem em máximas ou jaculatórias como "vai ficar tudo bem", "eu vou superar isso" e outras afirmações positivas, colhendo efeitos minorados de um diagnóstico de doença como menores níveis de estresse. Equivale dizer que os benefícios da fé à saúde encontram embasamento científico. A exemplo disso é a Santa Casa de Porto Alegre que em parceria com a Universidade Duke, dos Estados Unidos, tem desenvolvido estudos para mensurar os benefícios biológicos da fé. Mas há mais, as principais universidades norte americanas têm dedicado uma disciplina específica ao assunto. Significa que a fé influencia no trato que temos com as pessoas, nas reações diante das dificuldades do dia-a-dia e também na reação com os acontecimentos bons. A fé é ponto fundamental para melhorar a vida, seja a própria, seja a vida em sociedade, inclusive em tempos de crise, segregação e instabilidade político-econômica que o brasileiro vive e esse é o porquê a população apontou a fé antes dos demais itens da pesquisa, pois assim já dizia Gilberto Gil "andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar".
[ 120, 120, 160, 120, 0, 520 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Desde o periodo pré-colonial com a chegada dos portugueses (1500) o desmatamento tem se tornado constante, danificando o ecossistema. Muita das árvores que crescem no Brasil, cada uma com sua peculiaridade, foi ou é utilizada para o consumo econômico dos que o fazem, extraindo borracha, tinta ou algo que possa render capital para si. Queimas ou desmatamento na Amazônia é algo que sempre ocorreu, considerando um evento natural que pode ser agravado pelo homem. Só que, em 2019 houve um aumento que supera todos os outros anos que o mesmo o tinha ocorrido, procupando não só o Brasil, mas também os outros países. O problema da Amazônia é algo que o proprietário desse imenso terrêno deve se preocupar. Mas, se o dono não consegue resolver, por ser algo que ira prejudicar não só uma área mas sim o mundo todo, ai passa há ser um desafio internacional, já que todo o globo pode passar por mudanças indesejáveis. Baseado nos fatos abordados acima, podemos observar que o Brasil sofre mudanças negativas em suas florestas há mais de cinco séculos e que se algo não for feito, provavelmente esses anos ira estender. Se o governo aumentase a segurança via aérea e terrestre, pode ser que fosse controlada e até mesmo diminuida gradativamente as ações do homem. Com isso evitando a morte da Amazônia, o aquecimento global e as mudanças climaticas.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A obesidade humana é um problema que vem se agravando, a cada dia, e poucas medidas são tomadas pela nossa sociedade, que seja realmente eficiente para a solução desse caso alarmante. Ninguém consegue viver sem comer, isso é óbvio. No entanto a comida pode se tornar um inimigo mortal do ser humano. Quase 40%, por cento, da população mundial adulta e 20%, por cento, das crianças e adolescentes, entre 5 e 18 anos, já sofrem de sobrepeso e obesidade sendo a segunda causa de morte no mundo, devido a série de riscos que acarreta a saúde. Em virtude dos fatos mencionados, para combater o sobrepeso e a obesidade da população, são necessárias várias medidas de conscientização da população, dos governantes e setores industriais ao consumo saudável dos alimentos a esse "novo ciclo" da vida moderna.
[ 120, 120, 80, 80, 120, 520 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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direitos-humanos-em-defesa-de-quem
Os direitos humanos foram elaborados com o intuito de trazer igualdade e benefícios para a população em geral, de modo que todos tenham seus direitos garantidos. No entanto, o mundo viveu e vive uma época de grandes conflitos e esses direitos vem Durante toda a história guerras, mortes e terrorismo faz parte dos países em geral. Tais situações temos a primeira e segunda guerra mundial, entre outras, além de um número incalculável de pessoas feridas e mortas. O terror presente mesmo em países mais desenvolvidos, como o exemplo, o ataque as torres gêmeas, em setembro, na cidade de Nova Iorque, repercute ainda hoje. Segundo a constituição todos são iguais por lei, porém essa igualdade está bem longe da nossa sociedade, tais situações são perceptíveis como exemplo muitas pessoas ainda não possui uma moradia, passando os dias e as noites nas ruas. O salário dos homens ainda continua superior ao das mulheres. Essas desigualdades vem principalmente de consequências dos conflitos sociais e éticos, como os descritos acima e o machismo presente em nossa sociedade. Dessa forma mesmo com os direitos humanos sendo desrespeitados, é preciso que o povo acorde e levante, garantindo seus direitos, além do respeito às leis e ao próximo e uma supervisão mais segura e detalhada com o que está sendo feito.
[ 160, 200, 120, 120, 120, 720 ]
2,018
"Criminosos e terroristas" Na opinião de seis em cada dez brasileiros, “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas” . O percentual de concordância com tal afirmação no Brasil é mais alto do que em outros países. Os dados são de uma pesquisa inédita do instituto Ipsos, obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. A pesquisa “Human Rights in 2018” , da Ipsos, foi feita em 28 países, incluindo o Brasil, com 23,2 mil entrevistados, entre os dias 25 de maio e 8 de junho de 2018. Ainda de acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados acreditam que algumas pessoas tiram vantagem injusta sobre direitos humanos. [UOL Notícias] O que são direitos humanos? O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) fez com que brasileiros debatessem o que significam exatamente os direitos pelos quais ela lutava, gerando acaloradas discussões online. De um lado, aqueles que lamentavam a perda de uma política ativa na defesa de minorias, e do outro insinuações de que como defensora dos direitos humanos ela “defendia bandidos” e que isso poderia ter uma relação com seu assassinato. Mas afinal, o que são direitos humanos? Defender os direitos humanos é defender bandidos? Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos, como, simplesmente, o direito à vida. Mas estão incluídos neles também o direito à moradia, à saúde, à liberdade e à educação. A advogada especialista em direitos humanos Joana Zylbersztajn, doutora em direito constitucional pela USP e consultora da Comissão Intramericana de Direitos Humanos na OEA (Organização dos Estados Americanos) lembra que “uma pessoa que comete crime tem direito à defesa, ao devido processo legal, e que cumpra pena à qual ela foi julgada” . “Os direitos humanos não vão garantir impunidade, vão garantir que a pessoa tenha defesa, tenha um processo justo. Isso é difícil de entender, às vezes” , diz Zylbersztajn, citando os sentimentos de “vingança” , de “não querer que criminosos tenham direitos protegidos” . [BBC Brasil] “Engajada com bandidos” A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) , afirmou no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL) , assassinada na quarta-feira, estava “engajada com bandidos” . O comentário foi feito como resposta a uma postagem do advogado Paulo Nader, que chamou a parlamentar de “lutadora dos direitos humanos” . [Revista Veja] Direitos Humanos ou Direito dos Manos? O problema atual da segurança pública do Brasil não guarda nenhuma relação com os Direitos Humanos, não são os direitos positivados causador da péssima eficiência do serviço público de segurança do país. O péssimo serviço prestado, pelas policias, está intimamente ligado com a má gestão dos políticos corruptos; e não com os direitos conquistados ao longo dos séculos à custa de sangue de inocentes. Os infinitos recursos protelatórios no Direito Penal estão ligados com a má vontade dos deputados e senadores em modernizar o código penal, talvez com medo de serem pegos pelas próprias mudanças, afinal, grande parte dos congressistas estão envolvidos em escândalos e serão julgados pelo código penal que é anterior a Magna Carta, então o ideal é ser julgado por um código penal ineficiente e, com um código de processo penal que admita recursos intermináveis. [Site JurídicoCerto, editado]
Seis em cada dez brasileiros acreditam que os direitos humanos só servem para defender bandidos, conforme pesquisa recente sobre o tema. Esse modo de ver o assunto é equivocado na visão de sociólogos e juristas, entre outros estudiosos da questão. Mesmo assim, os direitos humanos ainda provocam grande polêmica na sociedade brasileira, pois não faltam defensores qualificados da ideia de que não se respeitam esses direitos no caso das vítimas da violência generalizada que assola o país. Com a ajuda dos textos da coletânea e com base em seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação apresentando o seu ponto de vista sobre esse debate, justificando com argumentos a sua opinião. Afinal, a quem beneficiam os direitos humanos? Por quê?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O novo ministro da educação mandou e-mails para escolas públicas e privadas dizendo que alunos, professores e funcionários deveriam prestigiar a bandeira e cantar o hino nacional, por mais que a proposta já tenha sido decretada por lei no ano de 1936. Nos dias atuais os jovens não sabem se quer o hino nacional completo, porém há outras prioridades no ensino para se preocupar, como o salário dos professores e funcionários, a segurança da comunidade escolar, a qualidade do ensino. De certo modo ser patriota é fundamental, pois vivemos em um país extremamente bonito e diverso, enfileirar os alunos, professores e funcionários todos os dias é desnecessário, não podem obrigar os alunos, professores e funcionários a saudar um país que não nos dá segurança. Portanto podemos dizer que a lei que fala para cantar solenemente o hino nacional nas escolas já foi testada e desaprovada pela população, como disse anteriormente, é algo completamente desnecessário, assim poderíamos usar o tempo de cantar o hino para a educação ou para ensinar a respeitar a diversidade.
[ 120, 120, 80, 80, 40, 440 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Estamos vivendo uma epidemia de obesidade e sobrepeso em grande parte do planeta. É necessário reverter esta situação, conscientizando e alertando as pessoas a respeito dos perigos deste mal. É comprovado pela ciência e pela medicina, que o excesso de peso pode acarretar sérios problemas e riscos à saúde da população, com o surgimento de muitas doenças e outros males. Muitas vezes, uma alimentação errada, como as comidas fast food, refrigerantes, salgadinhos, doces, chocolates, etc., contribuem para que as pessoas fiquem com o peso elevado. Talvez, então, a solução esteja no consumo de alimentos menos calóricos e a mudança nos hábitos alimentares, uma boa dieta, além da prática regular de atividades e exercícios físicos nas academias. Só assim, estaremos tomando medidas para combater o sobrepeso e ter um padrão e uma qualidade de vida mais saudável.
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Diante da decadência educacional que se espalha pelo Brasil, devido à má administração oriunda do governo federal, fica claro que é bem provável que jovens de áreas periféricas a partir de agora terão mais dificuldades do que o comum para poder ingressar em universidades e institutos federais e, além disso, as falhas lacunas na política de cotas atual do Brasil prova que os mais privilegiados educacionalmente continuarão tendo acesso a à educação. Em 2016, a USP aprovou apenas 34,6% dos alunos de escola pública, sendo que apenas 2,1% se referem a estudantes pretos, pardos ou indígenas (PPI). Com o congelamento de verbas para as redes federais de ensino, fica claro que estudantes de escolas particulares terão maior facilidade para entrar, uma vez que a vagas serão menores e a concorrência irá aumentar, aqueles que carregam uma maior bagagem educacional terá uma maior destreza para ingressar em tais institutos. Na portaria da política de cotas atual do Brasil, mostra que para se ter direito as cotas de escola pública, diz que para ter direito, o aluno deve ter estudado no mínimo três anos em escola pública, o que faz muitos pais tirarem os filhos que estudaram toda a vida acadêmica em instituições privadas, para colocá-los em escola públicas no ensino médio. Uma família que a vida inteira pagou educação privada, tem totais condições de contribuir com a universidade, e não tem motivos para querer tirar a vaga de alunos de escola pública. Diante dos fatos apresentados, essencial que o governo crie maneiras de fazer melhorias das políticas de cotas de universidades, mudando para maneiras mais rígidas de identificar pessoas com necessidades reais de estar lá.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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18.html
a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Ao se refletir sobre a questão de referências políticas é importante destacar que o país vivenciou, por mais de 12 anos, um Estado de esquerda com tendências comunistas. Durante esse período, o Brasil apresentou acréscimos nos índices de violência, desemprego e corrupção. Nesse sentido, a eleição do candidato Jair Bolsonaro - adotante de uma reforma política no país - nada mais é que um pedido de socorro por parte da população brasileira. Inicialmente, a visão conservadora ganhou grande repercussão com a transparência das operações Lava Jato, que fez transparecer crimes dos mais diversos contra a Administração Pública. Dessa forma, a má gestão por parte dos representantes no Congresso Nacional – grande maioria envolvida em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro com o Partido dos Trabalhadores (PT) – incentivou ideias opostas e aproximou seus eleitores de um posicionamento de direita e liberal. Além disso, é imprescindível a reforma da previdência social, a qual em uma posição conservadora e liberalista poderá inverter o atual cenário de déficit de mais de 150 bilhões de reais, adotada pelo candidato eleito. Ademais, algumas ideias adotadas por essa onda conservadora são: diminuir o custeio da máquina pública, corte de gastos com “super salários” e remanejo do orçamento público. É, portanto, lícito constatar que um novo padrão de vida surgirá nos próximos anos. Assim, a fim de se obter um mundo isonômico, com igualdade de valores sociais e econômicos, não só as pessoas devem criticar o governo de forma construtiva, sem ódio, como também permitir, com mais tolerância e respeito, ideias que divergem das suas visões de mundo.
[ 120, 160, 160, 120, 40, 600 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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14.html
internacao-compulsoria-de-dependentes-de-crack
O costumeiro descaso dos governos, independentemente de esferas ou de partidos, é o responsável pelo surgimento e expansão das cracolândias de São Paulo e de outras capitais do Brasil. Não só não se fez nada para combater o problema em suas origens, como se foi, posteriormente, “empurrando com a barriga”, provavelmente porque as diversas administrações paulistas e paulistanas acreditavam que aquela área decadente da cidade jamais viria a prejudicá-los na hora de pedir votos para se eleger. Houve até prefeito que tentou se capitalizar politicamente com aquela versão tupiniquim do inferno, acolhendo de braços abertos os dependentes de crack e até lhes dando uns trocados para sustentarem o pobre do vício, que viria da exclusão social e demais maldades intrínsecas ao capitalismo. Desse modo, a cracolândia, que já ia de vento em popa sem a colaboração municipal, tornou-se ainda maior e se transformou numa espécie de Galeria Pajé dos psicotrópicos, reunindo consumidores e fornecedores a céu aberto, 24 horas por dia, sete dias por semana. Afinal, varrido em primeiro turno o prefeito anterior de Piratininga, complacente e solidário com a toxicodependência, uma intervenção de fato só acabou por acontecer no início da administração João Dória, com uma ação policial para reprimir os traficantes da área, ordenada pelo governador do Estado, que aparentemente não a comunicou ao novo prefeito, de seu mesmo partido, o PSDB, contumaz protagonista de vacilações e trapalhadas. Não há dúvida de que a operação não surtiu o efeito desejado: a retomada pelo poder público da região privatizada por traficantes e drogados. Pior, ainda teve diversos efeitos colaterais, como espalhar os dependentes e seus fornecedores por outros locais do centro da cidade, para não falar do surgimento de movimentos e manifestações de protesto contra o governo tucano, capitaneadas por Organizações Não Governamentais (paradoxalmente sustentadas por verbas públicas), ligadas a partidos políticos ou à máfia dos autodenominados sem-teto. Pois bem, as críticas ao prefeito de São Paulo – teleguiadas por todos sabem quem – obtiveram forte eco nos meios de comunicação, que procuraram declarações de especialistas e até de dependentes completamente “chapados” para reiterá-las e condenar a iniciativa, com a mesma veemência com que aplaudiam a ação deletéria da gestão anterior. No cerne dessas críticas, estava o pedido de autorização judicial para o estado e o município poderem internar compulsoriamente as pessoas que já se transformaram em verdadeiros zumbis, dados os danos causados ao cérebro pelo crack, o que lhes abortou há muito tempo o livre-arbítrio. O argumento essencial contrário à compulsoriedade é muito simples: alega-se que ele atenta contra a liberdade do cidadão, além de ser ineficiente, ao contrário das internações voluntárias – essas, sim, o caminho lúcido para o paraíso da sobriedade. Ora, se o problema é o fato de a internação ser compulsória, se o que está em pauta é a compulsão propriamente dita, há um argumento irrefutável para desmascarar esses supostos campeões da liberdade e dos direitos humanos: o próprio consumo de crack por essas pessoas também é compulsório. É compulsivamente que eles se entregam ao vício e não por vontade própria, o que qualquer psiquiatra com um mínimo de honestidade deveria atestar. Além disso, uma internação compulsória é certamente menos cruel do que a compulsão pela ingestão do entorpecente, porque em vez de manter os adictos na situação degradada e desumana em que vivem, visa livrá-los da escravidão, do cativeiro em que se enfiaram até certo ponto por conta própria, mas do qual jamais se libertarão por sua própria vontade. Simples assim.
[ 160, 200, 200, 120, 0, 680 ]
2,017
A favor, a contragosto A contragosto, sou daqueles a favor da internação compulsória dos dependentes de crack. (...) No crack, como em outras drogas inaladas, a absorção no interior dos alvéolos pulmonares é muito rápida: do cachimbo ao cérebro, a cocaína tragada leva seis a dez segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de prazer avassalador, mas de curta duração, combinação de características que aprisiona o usuário nas garras do traficante. Quebrar essa sequência perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta manter o usuário longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato com pessoas sob o efeito dela. (...) Vale a pena chegar perto de uma cracolândia para entender como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir, em sã consciência, o melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão, ele é um farrapo automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma pedraDr. Drauzio Varella (artigo do site oficial do oncologista, datado de 2011) Negativa, de maneira geral Para o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira (professor da Unifesp - Universidade Federal de São Paulo) , a internação forçada é negativa, de maneira geral. Ela se justifica apenas em aproximadamente 5% dos casos, quando o dependente de crack também apresenta um problema mental grave. Segundo ele, o tratamento de usuários de drogas mais efetivo é voluntário e envolve visitas regulares a clínicas e centros especializados. Segundo ele, há situações específicas, do ponto de vista médico, nas quais se justifica a internação involuntária. Isso acontece quando o paciente apresenta psicose (delírios de perseguição e alucinações) ou risco iminente de suicídio. BBC Brasil Desserviço à saúde pública Isabel Coelho, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e Maria Helena Barros de Oliveira, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, defendem que a internação compulsória é um desserviço à saúde pública. Em um artigo de 2014, elas argumentam que, “partindo-se da premissa que os dependentes químicos não são doentes mentais, a internação compulsória, além de ser agressiva e uma forma de tratamento ineficaz, constitui um modo de eliminação dos indesejados, constituindo-se em prática higienista violadora de direitos humanos” . Nexo Jornal Ato de solidariedade Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, internar de forma compulsória moradores de rua extremamente dependentes de crack é um "ato de solidariedade". Segundo ele, a maioria das pessoas que chegam contra sua vontade em clínicas de tratamento acabam aderindo voluntariamente ao tratamento após os primeiros dias de internação. Laranjeira é professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) . Ele se diz favorável à facilitação das internações compulsórias em casos extremos, desde que acompanhada de uma linha especial de cuidados ao paciente após sua desintoxicação inicial. BBC Brasil
Recentemente, a chamada cracolândia da capital paulista tornou-se notícia em todo o país, devido a uma ação policial, que, visando reprimir o tráfico de drogas, resultou em muita polêmica e numa disputa entre o município e o Ministério Público. A prefeitura de São Paulo pediu autorização à Justiça para poder internar compulsoriamente os dependentes químicos do crack em instituições onde receberiam tratamento. Contrário à medida, o MP reagiu e o processo judicial continua. De qualquer modo, a questão da internação obrigatória divide os especialistas em dependência química de entorpecentes. Há argumentos a favor, mas também contrários ao método, como você pode ver pelos textos da coletânea desta proposta de redação. Baseado neles e nos seus próprios conhecimentos, o que você pensa sobre a internação compulsória para tratar dependentes de drogas? Redija uma dissertação argumentativa sobre o assunto
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Nosso mundo hoje está muito tecnológico, mas há muitas falhas, dados de pessoais podem ser vasculhados por especialista da tecnologia do mundo do crime, até dinheiro no caso das Criptomoedas (moeda universal), que podem causar furtos virtuais, vícios muito grandes e um mundo sem leis. Segundo dados da Folha de São Paulo, mais de R$ 6,35 milhões foram furtados por grupos de hackers em 2018, deixando várias empresas e pessoas em crises financeiras, pelo mundo todo, pois a Criptomoeda é uma moeda universal, ou seja, válida no mundo todo. Hoje em nosso mundo capitalista, as pessoas ficam em torno do dinheiro, em uma ambição enorme, dependendo do caso o indivíduo comete crimes, deixando crises por onde cometem esse caso de furtos de dinheiro. Neste mundo anônimo, muitos crimes são cometidos, mas os criminosos apagam dados, localidade e como fez esse delito sem deixar pistas de quem cometeu esses graves crimes. Diante de tais problemas, as possíveis soluções é : fortalecer sistemas de seguranças para evitar essas invasões e o governo investir na investigações destes crimes, contratando mais equipes de especialistas para evitar esses roubos e punições drásticas para quem cometer esses delitos.
[ 120, 40, 40, 80, 120, 400 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Ao longo da história da humanidade o dinheiro assumiu diversas formas, uma das primeiras foram as moedas rudimentares de ouro e prata, depois surgiram os bancos que assumiram a responsabilidade de guardar esse recurso e também de controlar sua emissão junto ao governo. Uma nova forma de moeda surgiu em 2009, a bitcoin, uma criptomoeda descentralizada que não depende das regras dos órgãos reguladores. É fato que tal feito é uma revolução econômica e tecnológica mundial. Após o lançamento da bitcoin outras criptomoedas foram criadas a partir dela, o que facilita o acesso a essa inovação. Por serem novas ainda não possuem uma regulamentação governamental, o que permite pleno controle de cada indivíduo sobre seu capital. A novidade toma dos bancos a autoridade de controlar a riqueza, proporcionando uma maneira diferente de operar o dinheiro que não depende de serviços secundários e diminui os custos de taxas; isso impede qualquer órgão de confiscar o montante do sujeito. Dessa maneira dívidas com bancos podem ser extintas, o que ameniza crises econômicas e beneficiam os setores sociais. As criptomoedas não pertencem a um país, portanto são de fácil circulação e mundiais, o que possibilita compras e transações com maior rapidez e sem difíceis conversões. A criação de criptomoedas não depende de órgão governamentais, isentando-as de medidas protecionistas. Essa mudança permite que conflitos políticos e econômicos sejam aplacados uma vez que as grandes disparidades entre as diferentes moedas centralizadas não existirão. Ao analisar os fatos mencionados conclui-se que o fenômeno dessa revolução econômica não pode ser evitado, uma vez que elaboração é feita por grupos independentes livres de regras do mundo bancário. Portanto, na transformação no mundo econômico os bancos sairão prejudicados já que sua existência chega ao fim a menos que se adaptem e encontrem seu espaço na hodierna realidade. Tais entidades serão substituídas pelos formuladores das novas moedas que assumem um papel divergente do anterior. A política terá que se amoldar ao novo sistema financeiro monitorado descomplicadamente pela massa populacional.
[ 160, 200, 160, 120, 80, 720 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Hoje em dia a maioria dos brasileiros veem a fé religiosa como o meio mais provável de alcançar o sucesso na vida, isso pode estar ligado ao de que essas pessoas não encontram na forma de ensino das escolas algo atrativo que traga oportunidades para que elas possam ter um futuro próspero. Bom, essa forma de pensamento está enraizada na cultura brasileira desde o século XVII, onde as pessoas buscavam intensamente a religiosidade para se obter a salvação e sucesso na vida; mesmo vivendo em completa desarmonia entre a vida religiosa e os prazeres da vida terrena, essa desarmonia ficava por conta do Cultismo e o Conceptismo; o fato de as pessoas acreditarem mais na religiosidade do que na educação não deve ser encarado como um problema desde que não abandonem completamente a educação para se dedicar completamente a vida religiosa, mesmo sendo preciso para a mentalidade humana acreditar numa coisa positiva. Para que se evite possíveis "desarmonias" é necessário o empenho do ministério da educação desenvolver campanhas que incentivem e valorizem a educação como um dos principais pilares para um futuro próspero sem ferir as crenças da população, já que algo que as incentivam na vida. Como por exemplo no estado de Alagoas onde foi criado o sistema de escolas integradas que desenvolvem atividades que ofertam cursos profissionalizantes para os alunos que começam a ver a escola como um local que iram aprender algo a mais além das disciplinas tradicionais já que mercado de trabalho não fica satisfeito apenas o tradicional mas sim com o diferenciado.
[ 120, 200, 120, 120, 160, 720 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil sempre é citado como um país do futuro: possui proporções continentais, clima predominantemente tropical, solos ricos em nutrientes e localização geográfica que não costuma ser afetada por fenômenos naturais devastadores. Contudo, apesar de tão favorecido pela natureza, ainda não embalou o desenvolvimento prometido pelo seu potencial. A que se poderia atribuir tal fato? As eleições têm caráter obrigatório no país: é dever do cidadão exercer este direito. Porém, ainda assim, verifica-se o desinteresse da população através dos altos índices de abstenção. Um dos fatores contribuintes é o próprio cenário político: a cada ano surgem mais partidos, muitas vezes compostos por candidatos já conhecidos e que defendiam posições antagônicas, mas, em algum momento, perceberam que poderiam conciliar seus interesses. Com isso, os partidos já não têm mais uma identidade marcante e o eleitor enfrenta dificuldades para se sentir representado. Entretanto, dada a história política brasileira recente, em que houve cassações e políticos poderosos foram acusados e condenados por atos de corrupção, é de se esperar que a população anseie por renovações. Educação, saúde, segurança e emprego estão sempre em pauta como problemas que requerem atenção e os grandes partidos que se alternaram no poder, nos últimos anos, não promoveram grandes evoluções, senão nos patrimônios de seus integrantes. É por se encontrar neste impasse de promessa não cumprida que o Brasil chegou às polarizações apresentadas em 2018. Embora o partido mais conservador tenha sido eleito, o percentil que representa a oposição é muito expressivo. Por isso, não cabe falar na existência de uma “onda conservadora”, mas sim de uma população que necessita de soluções. Assim, o que se precisa agora é que o eleitor satisfeito não se acomode: cobre pela implementação das propostas que conquistaram seu voto. E o que se decepcionou com os resultados também se mantenha participativo na busca por melhorias. O país somente poderá prosperar quando sua população se mantiver motivada e engajada em sua vida política.
[ 200, 160, 200, 200, 120, 880 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Sabe-se que, apesar de a Amazônia não ser o pulmão do mundo, ela é fundamental para o controle ambiental do planeta. As decorrentes queimadas e o desmatamento colocam em risco o equilíbrio da floresta e conseguintemente, dos demais biomas. O atual presidente da França levantou, após doações de diversos países a fim de reestruturar a floresta, uma sugestão: tornar seu estatuto internacional. Não só a Amazônia, mas também outros territórios que implicam no funcionamento ambiental, como as zonas glaciais, tornando-as de importância mundial. Devido aos fatos mencionados, nota-se que os países que custearam a manutenção da floresta desejam, além de reconhecimento, regência acerca do bioma. O que é conveniente, afinal, aumentaria a interação entre os países na exploração correta da floresta, além da sua proteção melhor distribuída, tornando-a "problema" de todos. No momento, a reestruturação da Amazônia é prioridade e também é de suma importância sua proteção, prevenindo-a de destruições futuras. Além disso, a exploração adequada de seus recursos, contribuindo para a economia e crescimento do Brasil e dos países aliados ao bioma que é patrimônio da humanidade.
[ 120, 120, 160, 120, 0, 520 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Tem sido generalizada a discussão do canto do Hino Nacional Brasileiro nas escolas do país, que deve ser cantadas por alunos de instuições públicas e privadas. Além de ser previsto por lei, o ato enaltece o país e reeduca a sociedade. Deve-se primeiramente lembrar que, conforme a Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, as escolas devem cantá-lo uma vez por semana. Logo, não deveria repercutir negativamente o comunicado do ministério da educação. Devido às crises morais éticas que o país sofre, o incentivo de tal prática é muito conveniente. Pode-se mencionar também, a importância e o valor histórico que a letra do hino traz a memória da população. Escrita pelo poeta e professor Joaquim Osório, o ensino dela é obrigatório nas instituições de educação, segundo o artigo 39 da mesma lei. Portanto, incluí-lo na rotina escolar, fará os alunos mais fluentes na pronúncia e no canto do hino. Além disso, é relevante o contato dos Símbolos Nacionais desde a infância e juventude, pois inicia o cumprimento dos deveres cívicos e morais. Tais atos podem ser estender aos lares, às ruas e a sociedade. Desse modo, é incoerente dizer que essa proposta do governo seja uma imposição militar ou ditadura. Diante dessas considerações, é legal e conclusivo o canto do Hino Nacional Brasileiro nas escolas visto que remete ao civismo e patriotismo, não apenas dos escolares, mas também de toda a população.
[ 160, 120, 120, 200, 80, 680 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A ciência que é o paradigma na produção do conhecimento da era moderna está sendo continuamente questionada por grupo de pessoas nas redes sociais, sendo este fenômeno denominado de pós verdade, conforme se explicará a seguir. Primeiramente, é salutar demonstrar que ao longo da história nem sempre a ciência era o paradigma de produção de conhecimento. Este lugar era ocupado pela religião, que manipulava seus interesses sociais e políticos através de seus dogmas. A ciência assumiu o paradigma da produção de conhecimento por adotar um método de estudo, testes e observação, e por defender que estava livre de ideologias. No entanto, a filosofia e as ciências humanas demonstraram que a ciência pode ser utilizada para defender ideologias e interesses políticos e econômicos, tal como ocorreu no século XIX, com a teoria evolucionista de cunho racista, assim como ocorre, atualmente, com o uso indiscriminado de cirurgias estéticas e remédios antidepressivos, em benefício do lucro das indústrias farmacêuticas e comunidade médica. Nesse sentido, é importante a existência de pessoas que questionem os argumentos científicos, a fim de promover a evolução da sociedade e bem estar social. A ciência fez isso outrora, quando Galileu provou matematicamente que a terra não era plana, ocasionando uma revolução em toda forma de pensar e estudar o mundo. Porém, os movimentos de pós verdade também podem ocasionar consequências negativas para sociedade. Para evitar isso os movimentos devem ser feito com responsabilidade, apontando evidências concretas e se possível que suas premissas sejam testadas pelo método científico. Caso contrário, pode ocasionar sérios danos, a exemplo do movimento antivacinas, no quais as pessoas não vacinadas colocam em risco a vida de outras pessoas. Por fim, se defende o direito de liberdade de questionar as verdades científicas, se isto for feito com responsabilidade e com o intuito de promover a evolução e bem estar social. Afinal de contas, a sociedade humana está em constante evolução pelo desejo do homem descobrir coisas novas e questionar o que está posto.
[ 160, 200, 160, 160, 120, 800 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Criptomoedas são moedas digitais geradas por um algoritmo específico. Essa tecnologia dispensa o estado e não depende deste para que assegurem o seu valor, diferente do dinheiro convencional. A implementação desse novo modelo é vantajosa, pois possibilita que transações sejam feitas com maior facilidade, no entanto, poderá haver consequências. A transformação que as criptocoins trarão é inevitável, colocando a humanidade em uma nova fase, onde o dinheiro será descentralizado e basta apenas uma carteira virtual para armazená-lo. No entanto, o estado será enfraquecido, pois não terá poder sobre o dinheiro e tentará barrar a disseminação dessa tecnologia, criando suas próprias moedas digitais, colocando assim, o poder novamente em suas mãos, exemplo disso são países como Rússia e China que já estão desenvolvendo criptomoedas próprias. Portanto, não é possível conter o avanço dessa tecnologia, mas podem adaptar-se a ela, criando um novo sistema financeiro. Não é possível afirmar com certeza se as transformações serão benéficas, porém o futuro é agora e se não houver a modificação da maneira como tratamos o assunto poderão haver prejuízos no futuro, sendo assim, o estado deve analisar o que está lidando e tentar criar alternativas que serão benéficas para todos, como a integração do dinheiro comum com o digital.
[ 160, 120, 120, 160, 120, 680 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Brasil tem vivido nos últimos meses uma discussão a respeito da prisão ou não de réus condenados em 2ª instância. A decisão, que será proferida pelo Supremo Tribunal Federal pode mudar o curso da legislação criminal do país. As opiniões são divididas, porém, temos que definir o que é melhor para a sociedade visando à segurança e o bem comum. Por um lado, há a defesa da liberdade até o trânsito em julgado, como dita a nossa Constituição de 1988. Isso dá o direito ao réu de esgotar todas as possibilidades de recursos pelo contraditório e pela ampla defesa. Devemos nos colocar na situação de um réu, que se julga inocente, e que buscará provas para garantir sua liberdade. Não seria justo que o mesmo permanecesse preso sabendo que não cometeu o crime. Estaríamos privando um inocente de sua liberdade e contradizendo os princípios da Constituição Federal. Acredito que a condenação de forma errônea em 2ª instância pode até ocorrer por falhas da justiça, mas, em casos raríssimos que não representam a maioria. A condenação é feita por pessoas com elevado conhecimento de direito e que usam de provas concretas para tal. Por outro lado, como já houve a condenação em 2ª instância, tem-se a prova de que houve sim um crime e a pessoa precisa pagar por ele. Entendo que o julgamento pela condenação em 2ª instância já esgotou as possibilidades de inocência e a entrada de recursos seria uma mera tentativa de reduzir ou minimizar a pena. Se houve uma condenação, esta pessoa representa um risco para a sociedade, podendo cometer mais crimes e tentar fraudar informações para garantir sua inocência. E ainda, se tivermos um sistema judiciário sério e eficiente, como poderíamos condenar numa instância e inocentar em outra? A não prisão em 2ª instância requer mais tempo de recursos para o réu e consequente maior morosidade nas decisões da justiça. Esta morosidade pode acarretar danos à sociedade como aumento de crimes, fraudes e tentativas de escapar da justiça. Por fim, a condenação em 2ª instância em minha opinião é suficiente para a prisão do réu. Cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir o que melhor atende ao interesse público e seja mais eficiente e eficaz para o combate aos crimes e à constante luta por um país melhor.
[ 160, 120, 160, 120, 120, 680 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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4.html
escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido
Representado pelo projeto de lei 193/2016, o movimento “escola sem partido” alega proteger alunos da doutrinação coordenada em escolas de todo o Brasil. Ao longo da história, conflitos foram travados a fim de defender ideias, fronteiras foram construídas e territórios tomados. O conhecimento é a arma mais poderosa, e o debate é a sua munição. Sendo assim, a chamada “neutralidade política na educação” apresentaria eficácia contra o senso crítico dos jovens? Deste modo, controlar o que é dito em sala de aula limita o conceito de lecionar, que deveria ser feito através da troca de conhecimentos. Tamanha é a responsabilidade em defender um ideal, ainda mais tendo a visão focada apenas em um dos lados, a ignorância apresenta perigo para a sociedade. Entretanto, no caso de jovens que dominam o assunto político o ameaçado é o Estado. Analisando casos da educação sendo controlado, a escola foi palco de divulgação de ideias, onde, distorcendo a realidade, esculpiram a mentalidade de uma geração. Sendo assim, privar o debate político e livre é uma maneira de cultivar uma geração submissa ao que geradores de opinião propagam. Em tempos onde adolescentes organizam grupos políticos e discutem questões sociais, o movimento “escola sem partido” seria um retrocesso e mais um motivo para a revolta dessa legião de ativistas.
[ 160, 120, 160, 160, 0, 600 ]
2,016
O debate O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui) Liberdade de crença Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) Suposta doutrinação O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) .
Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta.
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3.html
um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Brasil tem vivido momentos conturbados em relação à política. No meio de tantos escândalos e corrupções, não sabemos ao certo quem está certo ou não. Este tipo de conflito costuma ser resolvido por grandes tribunais (STJ, STF e afins), que exercem esse trabalho por nós. Nas últimas semanas, foi decidido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), através de uma votação, que a pena de um réu só poderá ser emitida, após o mesmo não ter mais recursos contra essa determinação e, a seguir, ser julgado pelo próprio Supremo Tribunal Federal. De acordo com à Constituição Federal, a terceira instância não existe. Porém, o réu pode recorrer ao Supremo para revisar às medidas judiciais tomadas pela 2° instância. Neste momento, o mais cabível, seria em que o réu começasse a "pagar" sua pena enquanto aguarda esta revisão. Em certos pontos, os Guardiões da Constituição estão indo contra à mesma, e isso em certo ponto causa discórdia entre a população. Isso demonstra, cada vez mais o quanto o Brasil, em questões políticas, ainda engatinha lentamente para evoluir.
[ 160, 120, 120, 120, 40, 560 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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Automated Essay Score (AES) ENEM Dataset

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  editor       = {Igor Cataneo Silveira, André Barbosa and Denis Deratani Mauá},
  title        = {Computational Processing of the Portuguese Language - 16th International
                  Conference, {PROPOR} 2024, Galiza, March 13-15, 2024, Proceedings},
  series       = {Lecture Notes in Computer Science},
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  publisher    = {Springer},
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